Olhando para a minha vida!

"Em vez de possibilidades, realidades é o que tenho no meu passado, não apenas a realidade do trabalho realizado e do amor vivido, mas também a realidade dos sofrimentos suportados com bravura. Esses sofrimentos são até mesmo as coisas das quais me orgulho mais, embora não sejam coisas que possam causar inveja." (Viktor E. Frankl)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Amor x Paixão

"Nem todo sol e calor que aqueçe o corpo, aquece a alma. Muitas vezes, sob o Véu de Maia, estamos na mais plena escuridão, embora tudo pareça contrário, basta ver os sinais. A ilusão cega, e muitas vezes mata, não o corpo, mas a alma." Por Gisele Próspero.


Tenho amigas - mães dos nossos filhos amiguinhos de escola - as quais estabelecemos muitas afinidades e gostamos muito umas das outras. Trocamos idéias, nos apoiamos, tricotamos... Enfim, somos realmente muito unidas. Ao deixarmos nossos filhos na escola, sempre temos aqueles 10, 15 ou 30 minutinhos para batermos um papo. O que para mim é muito importante e saudável, principalmente no dias de hoje, num mundo tão superficial e virtual.

Algumas vezes, vamos à padaria perto da escola para tomarmos café da manhã e lá acontecem altas terapias em grupo - fantástico! Somos mulheres com vivências diferentes, logo perspectivas diferentes sobre um mesmo assunto, muitas vezes entramos num senso comum outras não. Mas sempre com um final de conversa muito enriquecedor.

Nosso último encontro, nós colocamos em pauta o relacionamento (ou final) do irmão de uma de nós, e ao discutirmos sobre esse "fim", acabamos por discutir relacionamentos da vida conjugal em si.

Movido por uma paixão cega, tal irmão largou "de repente" a família e saiu de casa. O entre aspas é porque, na realidade nada acontece de repente, já havia uns dois anos sintomas da fragilidade do relacionamento desse casal, que talvez por comodidade (mal que afeta muitos casais) não foi alertado, sentado e discutido. E quando uma das partes resolveu se manifestar, já não queria mais diálogo, nem tentar novamente, ou seja, procurar restaurar o casamento e a família. Motivo de tal atitude, já estava iludido e apaixonado por outra mulher, que conhecera há tão pouco tempo. Mas sabe como é paixão, "fogo que arde sem se ver, é ferida que doe e não se sente".

Daí nosso enfoque sobre tal assunto culminou na paixão dentro do casamento. No caso acima, havia uns 16 anos de vida conjugal. Tantos anos assim em comum realmente torna-se um risco minar o relacionamento se não for bem cuidado, como costumamos dizer "aguar a plantinha todos os dias para não morrer". E a cada casal cabe encontrar sua própria fórmula de sobrevivência do amor, com algo em comum a todos, sempre de mãos dadas, unidos...

Concordamos plenamente que um casamento com paixão é muito mais gostoso como também muito mais fácil de lidar. Por fim, encerramos nosso café com um questionamento meu: Já é comprovado que a paixão dura até três anos, e aí como que fica? Completou uma amiga, pula-se de relacionamento em relacionamento (não concordando claro com tal premissa).

Devemos garantir e buscar a sobrevivência do matrimônio alicerçado no amor e não no fogo da paixão! Amor este que compartilha, dividi, soma (um paradoxo interessante e real), que alimenta, que aprende, que ensina, que caminha, que chora, que ri juntos, um amor que espera, que vai atrás, que acalenta, que sacode se for preciso, que ora junto, que possui os mesmos valores, enfim um amor conscientizado de que nem tudo serão flores e fogos de artifícios, mas que de mãos unidas possam trilhar uma vida em comum cheia de graça. E claro, com muito namoro!

PS: Para quem deseja um relacionamento alicerçado no amor, leia o livro Famílias Restauradas do Pe Léo, encontrado nas livrarias da Canção Nova, inclusive virtual.

3 comentários:

  1. Não acredito que a paixão acabe em 3 anos. Acho que isso varia muito de uma relação para outra. Cada casal vai ter o seu e haverá sempre aquele casal que mantém o amor com paixão a vida inteira. Conheço alguns casais idosos que se amam com paixão assim. A ponto de um morrer logo em seguida da morte do outro, morrer de amor apaixonado. Na minha experiência pessoa, tenho 7 anos de relação, sendo 5 de casada, e ainda flerto com meu marido quando o vejo longe de mim numa festa. Conversamos como se tivéssemos acabado de nos conhecer. Acredito que o fogo da paixão é alimentado pela forma como se olha o parceiro e se estabelece a não rotina no relacionamento.

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  2. Gi, parabéns pelo blog! Tá lindo!!!

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  3. Sim Bruna, concordo com você plenamente quanto a permanência da paixão dentro do casamento, quando este é alicerçado no amor. Sim é possível manter uma paixão pela vida toda, embora não concordo que seja o tempo todo, porque a relação tem seus altos e baixos, dependendo do momento que o casal está vivendo. O meu por exemplo, dos 11 anos juntos, 6 deles foram de plena paixão. Hoje devido as adversidades da vida, vejo que o que o mantém é o amor concreto, que sobressai muito mais. Falo da paixão que vê no outro o ideal e não o real, com seus defeitos e qualidades. A paixão acaba quando o relacionamento é baseado somente nela sem o amor construído, solidificado, é como uma casa que cai depois da tempestade, na minha opinião o casamento acaba junto com os escombros!

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