Olhando para a minha vida!

"Em vez de possibilidades, realidades é o que tenho no meu passado, não apenas a realidade do trabalho realizado e do amor vivido, mas também a realidade dos sofrimentos suportados com bravura. Esses sofrimentos são até mesmo as coisas das quais me orgulho mais, embora não sejam coisas que possam causar inveja." (Viktor E. Frankl)

sábado, 19 de maio de 2012

FAZ DE CONTA QUE....

MAMÃE “FINGE” QUE...
 
Tenho percebido uma freqüência maior da sincronicidade em temas que me interessam, como uma confirmação do caminho escolhido. Essa sincronicidade acontece por meio de conversas, programas de televisão, artigos de revista, livros entre outras fontes de informação.
Desde grávida, além de pedir a Sabedoria Divina em minhas orações, passei a ler livros e revistas voltados a orientação e educação de filhos – ciente que eu conceberia uma criança singular e Iluminada, presente de Deus em minha vida – e seria de minha total responsabilidade, assim como a do meu marido, a missão de formá-lo como um cidadão do mundo, para que assim ele também possa cumprir sua missão aqui nessa dimensão terrestre. Com isso, busco o meu melhor, uma vez que não há mãe perfeita!
Ultimamente, o tema educação na primeira infância tem muito me interessado, porque tenho um filho de cinco anos com uma vida social e integração aos meios de comunicação com mais intensidade, onde as informações e tecnologia são muito presentes, seja em programas de TV, Internet ou escola, mais do que, na minha época, por exemplo. Mediante esses fatos, não posso perder o foco de que meu filho ainda está na primeira infância (até os sete anos de idade) e cuidar da sua formação emocional, acima de tudo, é primordial nessa etapa da sua vida onde tudo o que ele absorver agora virá a ser o ser humano o qual ele se tornará na vida adulta.
Consciente que na primeira infância a criança é uma esponja que absorve tudo e toda energia à sua volta, sem ao menos termos toda a dimensão dessa absorção, no papel de orientadores (mais que educadores) temos que prestar muita atenção em tudo que as envolvem.
É nesse ínterim que me ocorreu recentemente mais uma sincronicidade por meio da vivência seguida à noite da leitura de um dos capítulos do livro¹ que estou lendo, retomando-o após um dia. Como uma confirmação da minha intuição materna, talvez se tivesse lido antes ou dias mais tarde, não perceberia tal sincronicidade.
Dentro de uma famosa loja de brinquedos, estávamos duas amigas e eu conversando sobre os desenhos e os brinquedos de preferência dos nossos filhos ao mesmo tempo em que os mesmos se divertiam em volta a tantos dispostos nas prateleiras.
Sem medo de me enquadrar numa mãe antiquada, pela intuição, nunca achei construtivo crianças se interessarem por desenhos, consequentemente brinquedos, que não correspondem a sua faixa etária, ou seja, mais violentos, mesmo que em nome do “bem”. Na minha geração, supostos “heróis” eram “cultuados” com oito, nove e dez anos de idade, hoje nossos filhos vem apreciando tais personagens cada vez mais cedo, ainda dentro da primeira infância.
Nesse sentido, fico mais tranqüila porque em particular, meu filho é “ingênuo” (o que me encanta nessa idade) e ainda ama assistir desenhos da Discovery Kids com programações totalmente voltadas para a primeira infância.  Sua preferência me deixa numa zona de conforto com relação ao que ele está absorvendo dos desenhos – uma vez que não temos a real dimensão do grau de absorção de tudo aquilo que eles assistem e veêm nessa idade.
No capítulo Imaginação e o sub-capítulo Faz de Conta, li que a fantasia faz parte de todas as pessoas e nos acompanham desde cedo na medida a que somos expostos quando crianças, fazendo de conta que somos um personagem de livro ou filme, o qual com o tempo Cinderelas e príncipes dão lugar a astros de rock ou líder mundial.  Esse “fingir” é uma janela para a alma.
No livro cita que após anos de pesquisas da mente e da consciência, ...aquilo que imaginamos fazer e pensar antes dos sete anos captura o ímpeto interno e subconsciente para toda uma vida.
Mas, se não temos como evitar todas as informações que nossos pequenos adquirem, seja por meio de amiguinhos da escola ou outro meio, e certos que não sabemos tudo que eles captam, quanto mais tempo ficarmos ao seu lado, mais estaremos consciente e aptos a reagirmos àquilo do que eles tem consciência, por exemplo, do desenho.
Como explicitado no capítulo, faz de conta é dedo, graveto ou girassol como armas a laser. Uma arma fabricada deixa o mundo do faz de conta e entra no mundo da imaginação, o que causa manifestações físicas. A verdade é que quando você tem idade suficiente para querer brincar com tais coisas, tem idade suficiente para ser ensinado a aprender a lição”...” lutas de espadas, batalhas de Jedi e explosões em certo nível trata-se da versão atualizada de caubóis e índios – que já não é politicamente correta. Ainda é guerra, seja na terra ou nas estrelas. Existem lados e eles ainda estão lutando, matando. E assim se segue por todo o capítulo sobre a Imaginação.
Entretanto, se nossos pequenos já se acham “mocinhos” e que desenhos da Discovery Kids são para “bebês” e assim perderem o encanto por desenhos como Cid, o Cientista entre outros para a sua idade os quais ensinam valores de solidariedade, respeito à natureza e ao próximo, amizade, companheirismo, criatividade entre outros tantos, preferindo desenhos ou filmes como “O Retorno de Jedi”, fazemos como nos desenhos do Super Why do canal em referência, mude o final da história, assim como fez a autora do livro com seu filho mudando o final da história do vilão Darth Vader (Anaquim) em relação a sua mulher Leia e seu filho Luke, com um final mais espiritualizado e de redenção após sua morte. Use a imaginação!
Contudo, é de supra importância para nós pais adquirirmos consciência que temos que cuidar emocionalmente dos nossos filhos na primeira infância, orientando-os em sua formação como seres humanizados, cidadãos conscientes na transformação de um mundo mais justo e igualitário, com mais justiça e cuidado para com o próximo e o planeta. Pensem nisso!


¹ Condron, Bárbara. Aprenda a educar a criança Índigo. Tornou meu livro de cabeceira, devido ao olhar sobre a formação desses seres tão especiais e únicos que são nossos filhos, sejam eles índigos, cristais ou simplesmente seres humanos que estão aqui como uma geração melhor para um mundo melhor.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Qual é o foco da educação dos nossos filhos?

Será que perdemos o foco da educação dos nossos filhos?

Inspirada em leituras sobre educação, tema da revista Sorria, edição 18, "Educação - qual é a melhor maneira de ser humano?", vendidas nas farmácias da Droga Raia, retomo meus texto sobre a educação dos nossos filhos na primeira infância. Gosto desse tema e procuro sempre me atualizar porque se trata do futuro daqueles que amamos, e sempre aprendemos e reciclamos nossa visão com especialistas no assunto.

Liberdade, igualdade e fraternidade deveria ser o princípio inicial e básico na construção de uma sociedade. Porém, em minha opinião, estamos aquém de formarmos novos cidadãos com esses princípios. Nessa sede desenfreada de instruirmos nossos filhos para uma sociedade mais competitiva, esquecemos de valorizar na educação escolar a formação humana.

Estamos "contaminados" demais pelo saber do lado prático que nos ensina a ler e escrever e fazer contas - que é muito importante, não tenho dúvidas - mas desde que não tiramos o foco do lado humano o qual constrói cidadãos mais humanizados, despertando valores na importância de ser do mundo e participar dele de maneira eficaz para melhorá-lo.

Achamos que nossos pequenos, ainda na educação infantil, devem entrar nesse esquema competitivo enquanto que ainda estão na fase de absorver valores como ética, cidadanismo, convivência com a diversidade (religião, classe social, deficiência mental, física, problemas visuais e auditivos), sustentabilidade, consumo, alimentação e criatividade. Valores, hábitos e mudanças os quais essa nova era necessita na formação dos nossos futuros jovens e adultos. Como sabiamente diz o meu filho: Para cuidar do planeta!

Daí levanto outra questão nessa fase inicial da vida: Será mais importante saber contar até 100 ao invés de se capacitar a projetar, a criticar, a opinar, a questionar, a refletir, a estimular a curiosidade do conhecimento de uma maneira mais natural e intrínseca? Saberes esses que formarão eficientes profissionais nas áreas de artes, ciências, tecnologia e, principalmente, em pessoas melhores.

Finalizo essa breve reflexão com o comentário de Rita Loiola em seu artigo "As portas da Percepção" para a revista acima referida: A verdadeira essência da educação consiste em abrir portas, desvendar universos, e assim nos permitir ser pessoas mais completas, num mundo melhor.

P.s.: imagem retirada do site Educação Infantil - Instituto Anglicano Barão do Rio Branco de Erechim - RS

domingo, 16 de outubro de 2011

Quando dói no coração!




"Porque, quando estou fraco, então, é que sou forte"

(II Corintios, 12:10)

Devemos sempre procurar aprender com os nossos momentos de adversidades e saber entregar a Deus nossos problemas. Após semanas de calmaria em minha vida, dando-me um fôlego às minhas emoções, tive uma semana tensa, o mar ficou revolto, me deixando triste e ao mesmo tempo, me deparando com novos desafios e, certamente, novas superações.
É impressionante como a vida, nesses últimos dois anos, vem me apresentando situações difíceis às quais espero não estar decepcionando-a com minhas respostas diante delas.
Meu filho muito amado está dando respostas muito positiva quanto a sua superação do Mutismo Seletivo, muito bem observado quando uma amiga me diz que ele está, inclusive, mais feliz! Feliz por que ele está conseguindo se exteriorizar, com algumas pessoas fora do âmbito de confiança dele, com alguns verbalizando menos palavras, com outras, frases inteiras. Todavia, nesta bela rosa se desabrochando há também espinhos a serem podados.
Com a verbalização mais em evidência, as emoções sendo "destravadas" aos poucos, também estão emergindo sentimentos de tensão, onde o corpo tornou-se um meio de expressão de suas contrariedades e resistências, debatendo as pernas, se jogando no chão, saindo correndo... Principalmente com pessoas mais próximas como eu e seus amiguinhos companheiros.
Confesso meu estranhamento diante dessa nova realidade e comportamento do meu filho, pois estava acostumada com um filho mais calado e calmo quando em convívio social. Entretanto, essa mansidão toda não era sinônimo de criança plena e feliz. Hoje, ele precisa encontrar o equilíbrio quando desejar mostrar suas vontades ou contrariedades.


"O Essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração"

(Antoine de Saint-Exupéri).

Desde que meu filho estava em meu ventre, eu pedia à Deus a sabedoria de Maria - mãe de Jesus - para criá-lo. Nessa semana não foi diferente, reforcei meu pedido, entregando a Ele esse momento atual pelo qual está passando meu filho, fase esta de libertação, superação e transformação. Desejo sempre ter a visão dos sábios e não apenas as dos inteligentes para com meu filho, por que os sábios olham com calma, contemplam, observam nas entrelinhas da alma.
Hoje, com quatro anos de idade, como foi me profetizado há muitos anos atrás, eu o vejo como um ser iluminado, é assim que ele viria ao mundo. E penso que tão cedo, nesse início de caminhada nessa estrada da sua vida, ela já lhe pede pequenas respostas e, se bem orientado desde já, se tornará um adolescente e um adulto mais maduro e forte diante dela e seus desafios constantes.
Nesse ínterim, reflito, será que quem está a nossa volta tem toda a compreensão e discernimento deste momento?
"Mais vale uma gota de veneno do que um oceano de amor", aprendi tão nova esse dito popular, o qual acho bem certo e aplicável. Concordo com outra amiga que criar um filho, praticamente sozinha, não é fácil, nossas falhas são muito mais apontadas e cobradas do que nossos acertos na educação dos nossos filhos. E eu já senti isso na pele, "ser mãe dói e muito, algumas vezes sangra por dentro".
Quando vejo, mais de uma vez, o Pe Fábio de Melo elogiar e declarar em público todo amor, admiração e reconhecimento que ele sente por sua mãe, eu me emociono, por que ele simplesmente não se refere a Dona Ana como uma mulher santa ou perfeita, e sim, como uma mãe Cheia de Graça, que apesar de toda a sua falibilidade humana deu o seu melhor para torná-lo na pessoa que hoje ele se apresenta a nós, e que muitas vezes é instrumento de luz divina na minha vida.
Sei que, mais uma vez, a vida está me dando oportunidades de lapidar ainda mais esse diamante que forma meu ser, por meio desse momento de superação junto com meu filho, ela espera de mim mais amor, compreensão, tolerância e respeito por ele; "todos os adjetivos que nos formam nos integram como pessoas" muito bem citado pelo Dr. Saul Cypel, neurologista infantil, em seu artigo Calma, calm down, calmate, publicado na revista Pais&Filhos (set./11).
Reconciliando com meu coração de mãe, vejo meu filho amado, além de mais feliz, mais bonito e com mais vivacidade e isso é motivo de muita felicidade e comemoração! Louvado seja, amém!