Olhando para a minha vida!

"Em vez de possibilidades, realidades é o que tenho no meu passado, não apenas a realidade do trabalho realizado e do amor vivido, mas também a realidade dos sofrimentos suportados com bravura. Esses sofrimentos são até mesmo as coisas das quais me orgulho mais, embora não sejam coisas que possam causar inveja." (Viktor E. Frankl)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Superando-se a cada dia



Queridos, andei ausente por duas semanas. Uma porque estava viajando, outra porque tinha uma encomenda para terminar a qual ocupou meu tempo dedicado ao blog.

Vou compartilhar com vocês uma experiência maravilhosa que tive com meu filho na semana passada, como já comentado, ele tem Mutismo Seletivo, além de fortes características do pai de não gostar de interagir-se socialmente. Ou seja, está tudo relacionado, além da minha herança genética de ansiedade.

Enfim, fomos juntos com um amiguinho dele em uma atividade da Discovery Kids no shopping, é do seriado Meu Amigãozão, que meu filho ama, e para minha surpresa mesmo, ele participou 100% de todas as atividades que incluíam, dançar, cantar, desenhar, pintar, montar quebra-cabeça e filmar. Parece que eu estava vivendo um sonho! Ele na minha frente, cantalorando e coreografando junto comigo, interagindo pela primeira vez.

Meses atrás, num evento similar, que é a Exploração do Discovery Kids, ele mal interagiu com as crianças e atividades. Tal comportamento sinaliza seu processo de superação em relação ao M.S., confirmando o que a neuropsiquiatra me disse na consulta, que com o tempo ele iria superar tal distúrbio de ansiedade social.

Eu não sei o grau de severidade do caso do meu filho encantador, no entanto observo sua melhora de uma maneira surpreendente. Graças a Deus!

Pela mesma Graça Divina, considero meu filho e eu abençoados pelas amizades que construímos proporcionando-nos muitos passeios e reuniões juntos com a galerinha, também com uma professora maravilhosa, não viria outra melhor para educar meu garoto - Deus sabe o que faz - pois ela conseguiu em uma ano que ele falasse com ela sem mesmo ainda ter diagnosticado tal síndrome - somente com seu carinho e dedicação, sem contar que ele estuda numa escola diferenciada, no sistema Montessori.

E, modéstia a parte e minhas falibilidades humanas, procuro ser uma mãe muito amorosa, compreensiva, dedicada - buscando sempre elogiá-lo em cada pequeno comportamento positivo que ele tem - elevando a sua auto-estima e confiança.

Fico muitas vezes o observando e vendo como ele é inteligente em suas colocações, em suas atitudes, gosto da sua característica de uma criança independente, aquela que não busca imitar o que as outras crianças fazem só para agradar a mamãe que deseja tirar uma foto - tal atitude é herança do pai - mesmo que algumas vezes me deixa louca da vida. Ao mesmo tempo busca interagir com outras crianças do mesmo evento, não se prendendo somente nos coleguinhas de grupo. E quando se isola, fico observando se está tudo bem com ele, se está se sentido à parte, diferenciado, ou simplesmente, é o seu momento de estar só em seu mundo. Procuro não transferir as minhas expectativas e experiências como se fossem as deles, achando que ele está triste ou não, apenas o observo, logo ele se junta de novo com os amiguinhos e pronto.

Por Deus, estou levando com muita leveza essa fase (passageira) do meu filho, apesar de algumas expectativas frustradas, a qual faz parte do processo. No entanto, uma vez superado o M.S. certamente o que vai ficar é o nosso crescimento - filho e pais - transformando-nos em pessoas melhores ainda.

Finalizo essa experiência compartilhada, com um trecho retirado do site Mutismo Seletivo, de uma mãe que também tem um filho com tal distúrbio social "[...] sigamos esse único caminho [...] que pode ser um no qual o que chamamos de Deus, Providência ou Vida, de algum modo se apresentou em nossas existências não somente para dar o melhor, e sim muitas vezes, para aprender, crescer e transformar-nos em formas que nunca conseguiríamos a não ser pelas lições e vivências que o M.S. em um filho nos traz."

Um comentário:

  1. Gi
    Não conhecia nada sobre o assunto e nem sabia, sder o Igor portador deste pequeno distúrbio.
    Ao ler o que escreve, de formas tão verdadeira e
    profunda, posso tera certeza de que nada nos é dado, sem que possamos conduzir.
    Desta forma, acredito que Deus sabe a filha que tem e por isso concedeu-lhe a graça do amor maior e deste presente, que é o seu filho.
    Ao final, o crescimento será o que contará, já que tudo ficará bem e terá um sentido maior em relação a vida.
    Você não me surpreende, pois sempre a vi como um ser humano especial.
    Que Deus sempre abençoe esta familia linda.
    Bjs

    Te

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