Olhando para a minha vida!

"Em vez de possibilidades, realidades é o que tenho no meu passado, não apenas a realidade do trabalho realizado e do amor vivido, mas também a realidade dos sofrimentos suportados com bravura. Esses sofrimentos são até mesmo as coisas das quais me orgulho mais, embora não sejam coisas que possam causar inveja." (Viktor E. Frankl)

domingo, 16 de outubro de 2011

Quando dói no coração!




"Porque, quando estou fraco, então, é que sou forte"

(II Corintios, 12:10)

Devemos sempre procurar aprender com os nossos momentos de adversidades e saber entregar a Deus nossos problemas. Após semanas de calmaria em minha vida, dando-me um fôlego às minhas emoções, tive uma semana tensa, o mar ficou revolto, me deixando triste e ao mesmo tempo, me deparando com novos desafios e, certamente, novas superações.
É impressionante como a vida, nesses últimos dois anos, vem me apresentando situações difíceis às quais espero não estar decepcionando-a com minhas respostas diante delas.
Meu filho muito amado está dando respostas muito positiva quanto a sua superação do Mutismo Seletivo, muito bem observado quando uma amiga me diz que ele está, inclusive, mais feliz! Feliz por que ele está conseguindo se exteriorizar, com algumas pessoas fora do âmbito de confiança dele, com alguns verbalizando menos palavras, com outras, frases inteiras. Todavia, nesta bela rosa se desabrochando há também espinhos a serem podados.
Com a verbalização mais em evidência, as emoções sendo "destravadas" aos poucos, também estão emergindo sentimentos de tensão, onde o corpo tornou-se um meio de expressão de suas contrariedades e resistências, debatendo as pernas, se jogando no chão, saindo correndo... Principalmente com pessoas mais próximas como eu e seus amiguinhos companheiros.
Confesso meu estranhamento diante dessa nova realidade e comportamento do meu filho, pois estava acostumada com um filho mais calado e calmo quando em convívio social. Entretanto, essa mansidão toda não era sinônimo de criança plena e feliz. Hoje, ele precisa encontrar o equilíbrio quando desejar mostrar suas vontades ou contrariedades.


"O Essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração"

(Antoine de Saint-Exupéri).

Desde que meu filho estava em meu ventre, eu pedia à Deus a sabedoria de Maria - mãe de Jesus - para criá-lo. Nessa semana não foi diferente, reforcei meu pedido, entregando a Ele esse momento atual pelo qual está passando meu filho, fase esta de libertação, superação e transformação. Desejo sempre ter a visão dos sábios e não apenas as dos inteligentes para com meu filho, por que os sábios olham com calma, contemplam, observam nas entrelinhas da alma.
Hoje, com quatro anos de idade, como foi me profetizado há muitos anos atrás, eu o vejo como um ser iluminado, é assim que ele viria ao mundo. E penso que tão cedo, nesse início de caminhada nessa estrada da sua vida, ela já lhe pede pequenas respostas e, se bem orientado desde já, se tornará um adolescente e um adulto mais maduro e forte diante dela e seus desafios constantes.
Nesse ínterim, reflito, será que quem está a nossa volta tem toda a compreensão e discernimento deste momento?
"Mais vale uma gota de veneno do que um oceano de amor", aprendi tão nova esse dito popular, o qual acho bem certo e aplicável. Concordo com outra amiga que criar um filho, praticamente sozinha, não é fácil, nossas falhas são muito mais apontadas e cobradas do que nossos acertos na educação dos nossos filhos. E eu já senti isso na pele, "ser mãe dói e muito, algumas vezes sangra por dentro".
Quando vejo, mais de uma vez, o Pe Fábio de Melo elogiar e declarar em público todo amor, admiração e reconhecimento que ele sente por sua mãe, eu me emociono, por que ele simplesmente não se refere a Dona Ana como uma mulher santa ou perfeita, e sim, como uma mãe Cheia de Graça, que apesar de toda a sua falibilidade humana deu o seu melhor para torná-lo na pessoa que hoje ele se apresenta a nós, e que muitas vezes é instrumento de luz divina na minha vida.
Sei que, mais uma vez, a vida está me dando oportunidades de lapidar ainda mais esse diamante que forma meu ser, por meio desse momento de superação junto com meu filho, ela espera de mim mais amor, compreensão, tolerância e respeito por ele; "todos os adjetivos que nos formam nos integram como pessoas" muito bem citado pelo Dr. Saul Cypel, neurologista infantil, em seu artigo Calma, calm down, calmate, publicado na revista Pais&Filhos (set./11).
Reconciliando com meu coração de mãe, vejo meu filho amado, além de mais feliz, mais bonito e com mais vivacidade e isso é motivo de muita felicidade e comemoração! Louvado seja, amém!

Nenhum comentário:

Postar um comentário